terça-feira, fevereiro 24, 2009

"Nada mais tens certo que a morte!" Quantas vezes já ouvi esta frase sem nunca pensar realmente na profundidade de cada palavra?



Apesar de entender o seu sentido, pouco mais era que "letra morta", essencialmente porque para mim nada significava. Jamais havia perdido alguém. Jamais me havia confrontado com a morte de frente...com o caracter efémero da vida.

Hoje já nada é igual. Nem o mar, nem o sol, nem as tardes soalheiras que reservavamos para confraternizar, para sorrir, para brincar, para dar sentido ao substantivo "família". Em tudo isso mora agora a nostalgia que me consome mais do que algumas vez julguei possível

Não deixa no entanto de ser curioso o modo como, num mero segundo, a realidade que sempre conhecemos irreversivelmente se transforma, dando lugar a um novo mundo de emoções com o qual temos de aprender a viver.

O catolicismo, ao qual ainda faço questão de dedicar parte do meu tempo, ensinou-me a crer que a morte não é um terminus mas antes um começo, e que um dia todos se reencontrarão numa outra dimensão. Mas quando fecho os olhos e volto a ouvir aquela voz pronunciando o meu nome e a ver aquele sorriso, é terrível a sensação de entender o quão longo é o caminho ainda a percorrer até que tal se cumpra.

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