segunda-feira, junho 08, 2009

Há feridas que custam a sarar. Que teimam em latejar mais e mais de cada vez que nos esforçamos por nos abstrair delas...e há dias assim, em que o coração sufoca a alma e ofusca a razão.
Seria mais fácil se não me refugiasse na minha bola de sabão. Se não necessitasse de fazer crer ao mundo que sou o mais feliz de todos os seres. Se conseguisse ter coragem de chorar...mas as malditas lágrimas teimam em não cair.
E o mundo parece gostar de ser cruel, os projectos que em nada mais acabam que em desejos destroçados e os sonhos tão distantes e inatingíveis quanto as extremidades do arco-íris...e as malditas lágrimas que continuam a querer enfrentar-me.
E o meu caminho parece reserva-me novas rasteiras no final de cada curva, a vida que parece não mais ter sentido, e o sentimento de vazio ao anoitecer...e as lágrimas, essas tais que não abdicam da sua teimosia.
E no final do dia, quando pareço não ter forças para nada mais que a resignação, alguém esboça um sorriso e diz "adoro-te!"...e as lágrimas rolam como se se achassem todo o dia à espera daquele momento.
E o céu volta a ser azul, raiado pelos reflexos rosa do pôr-do-sol, que tanto me fascinavam quando era criança. E o meu âmago é rejuvenescido e o orgulho reposto no lugar certo, devolvendo-me a garra para enfrentar o amanhã.

Aparte...perdi o meu telemóvel. Definitivamente sou uma besta!

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