quarta-feira, julho 15, 2009

Hora H

Há decisões que só nós podemos tomar e que, boas ou infrutíferas, acabarão por marcar definitivamente as nossas vidas. Há alguns dias que tenho tentado fugir a essa responsabilidade, abstraindo-me o mais possível da temática, mas tudo tem a sua hora, e a minha chegou.
Passemos então a explanar:
Como já mencionei várias vezes, a minha grande paixão é sem dúvida a representação, e fosse o mundo perfeito e hoje estaria no Conservatório Nacional a estudar o que realmente me preenche a alma e aquece o âmago. Decidi então enveredar por algo que até me fascina minimamente, que é o mundo de insvestigação na área da saúde, vulgo doenças, DNAs, proteínas, vacinas e coisas que tais. Ora neste momento tenho dois caminhos entre os quais optar:

Opção 1:
Continuar em Biomedicina, curso que ainda não tem profissionais no mercado de trabalho, pelo que não poderei ter a noção da sua empregabilidade (e diga-se, para ficar no desemprego, antes actriz que biomédica...); com um método de ensino com o qual não me tenho dado nada bem, e numa cidade simpática, mas demasiado pacata para o meu gosto.

Opção 2:
Optar por Medicina, curso leccionado no método normal mas para o qual não sei se tenho vocação, embora tivesse à priori emprego quase garantido, e tão pouco faço ideia se me abriria as portas que desejo na área da investigação. No entanto tal implicaria abdicar de pessoas fantásticas que conheci este ano e com as quais já partilho grandes amizades, para além de ter de me mudar para Lisboa ou Porto (não tenciono concorrer a qualquer outra cidade) que, apesar de grandes centros urbanos, não possuem a pacatez e o "aconchego" de Aveiro.

Mas o que mais me irrita é que a optar por ficar onde estou, se a media de Medicina descer cerca de 8 centésimas, acabarei por pensar tristemente que desta vez teria mesmo entrado. Em contrapartida, se optar pela candidatura, bem sei que darei por mim a lamentar a atitude.


Ilacções a tirar de tudo isto:
Que Deus ilumine os responsáveis pelo exame nacional do secundário que, se não se tivessem esforçado pela descida da média do exame de Matemática do presente ano, eu não estaria actualmente neste dilema; bem como o Ministério da Ciência e do Ensino Superior que se lembrou de abrir mais 168 vagas para Medicina.
E já agora, que faça o favor de me iluminar também a mim por ser tão calculista e socialmente tão influenciável.

2 comentários:

Anónimo disse...

God, que dilema.. Não gostaria mesmo nada de estar na tua pela. E percebo perfeitamente a parte do "socialmente influenciável", comigo passa-se exactamente o mesmo lol

Bem, só me resta desejar-te boa sorte numa decisão que só tu podes tomar ;)

Beijinhooos :*

Anónimo disse...

Sim, só agora me apercebi da falta que a net me faz.. que horror bahh